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Sigatoka Negra e Amarela

  • leticiaagrouesb
  • 14 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

A sigatoka negra é uma doença fúngica, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet, sendo sua forma anamórfica Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton. A sigatoka negra apareceu pela primeira vez em 1963, nas Ilhas Fiji, no Vale de Sigatoka continente asiático e no continente americano, a doença foi detectada pela primeira vez em Honduras, em 1972; em 1979, já estava na Costa Rica; em 1981 foi registrada na Colômbia; em fevereiro de 1998 chegou ao Brasil nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant no Amazonas, seguindo para o Acre, Rondônia, Pará, Mato Grosso em 1999 e após 6 anos foi constatada pelo Instituto Biológico, no Estado de São Paulo, primeiramente em Miracatu em 22 de junho de 2004, onde nas três amostras enviadas das cultivares Galil 7, Nam e Galil 18, foram constatadas a Mycosphaerella fijiensis agente causal da Sigatoka Negra e estão depositadas no Herbário Micológico sob o número IB 058, 059, 060 – 2004, respectivamente, e atualmente já se encontra disseminado nos municípios do Vale do Ribeira: Registro, Sete Barras, Pariquera-Açú, Eldorado, Iporanga, Barra do Turvo, Cajati, Juquiá, Jacupiranga e Peruíbe.

Agente causal e disseminação A Sigatoka Negra propaga-se por meio de dois tipos de esporos, conhecidos como conídios e ascósporos. Os conídios ou esporos assexuais se formam nos ápice dos conidióforos e ocorrem a partir dos primeiros estádios da lesão na folha (face abaxial=inferior), estes se desprendem dos conidióforos por ação da água e/ou vento. Os ascósporos ou esporos sexuais se formam posteriormente em manchas mais evoluídas de coloração branco-acinzentado principalmente nas folhas mortas ou necrosadas. Esta é considerada a fase mais importante na reprodução da doença, devido à alta produção e disseminação desses esporos pelo vento a grandes distâncias. A duração do ciclo de vida do fungo é influenciada principalmente pelas condições climáticas, tipo de hospedeiro e manejo da cultura. Os esporos germinam, se houver água livre sobre a folha, em menos de duas horas e os primeiros sintomas podem aparecer após 17 dias. A disseminação do fungo é influenciada por fatores ambientais tais como: umidade, luminosidade, temperatura e vento, sendo que o vento e a umidade na forma de chuva são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e disseminação da doença. A maior forma de disseminação se dá por meio das folhas infectadas.

Sintomas e danos Os sintomas da Sigatoka Negra variam em função do estádio de desenvolvimento da planta, da suscetibilidade da cultivar e da severidade do ataque. São observados seis estádios de desenvolvimento da doença: 1. pequenas descolorações ou pontuações despigmentadas, menores que 1 mm, visíveis, na página inferior da folha; 2. Estrias de coloração marrom-clara, com 2 a 3 mm de comprimento; 3. As estrias se alongam e já podem ser visualizadas em ambas as faces da folha; 4. Manchas ovais de cor marrom escura na face inferior e negra na face superior da folha; 5. Manchas negras, com pequeno halo amarelo e centro deprimido; 6. Manchas com centro deprimido e de coloração branco acinzentado, que se coalescem em períodos favoráveis ao desenvolvimento do fungo.


Sigatoka Amarela

Sigatoka Amarela Os primeiros sintomas da sigatoka amarela aparecem como estrias amarelo - claras presentes na face superior da folha, enquanto da sigatoka negra eles apresentam como estrias marrons visíveis na face inferior da folha. Esses sintomas podem ser observados nas folhas de numero 2 a 4, dependendo do ataque da doença. A freqüência de lesões de sigatoka amarela, sobre a folha é bem mais baixa que a freqüência observada com a sigatoka negra e as lesões de sigatoka amarela apresentam bordos regulares, tomando o formato elíptico no estádio final enquanto as lesões de sigatoka negra geralmente apresentam bordos irregulares. Os reflexos da doença são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo a capacidade fotossintética da planta e, por conseqüente a sua capacidade produtiva expressa pela diminuição do tamanho e número de pencas e frutos por cacho, e pela ocorrência de maturação precoce dos frutos ainda no campo.

Variedades Os cultivares mais consumidos no Estado de São Paulo, como nanica, nanicão e maçã, além da terra, são altamente suscetíveis ao patógeno, podendo ocorrer perdas na produção de até 100%, dependendo das condições climáticas e aliadas ao manejo da cultura. Algumas cultivares podem ser indicadas por apresentarem alguma resistência (tolerância) a sigatoka negra como: Thap Maeo, Caipira, Ouro FHIA 21, Pelipita, FHIA 1 e outras que continuam em estudos como: IAC 2001, FHIA 18, FHIA 02, Galil 18, Preciosa, Tropical. Pacovan Ken, Calipso, Bucaneiro, Ambrósia, PA 4244, PV 4279, Caprichosa, Garantida, Pioneira, Prata Zulu e PV 0344.

Controle cultural Para que estas variedades possam produzir a contento devem ser observadas algumas normas como: eliminação de bananeiras sem tratamentos ou abandonadas, solo com boa drenagem, nutrição adequada, obedecendo a análise de solo e foliar para a cultura, combate das plantas invasoras, desfolha sanitária, corte e cirurgia de folhas atacadas, dimensionar a área plantada, combate das plantas doentes e não deixar a plantação sombreada.

Controle químico Continua sendo a principal alternativa de controle e os produtos registrados até o momento pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) são: epoxiconazole + pyraclostrobin – Opera, Flutriafol – Impact e pyraclostrobin – Comet, há necessidade de registros de novos produtos, para se fazer uma alternância de princípios ativos e evitar a resistência do fungo aos produtos

 
 
 

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